- Seal / Foto: AgNews
Um dos maiores nomes do pop romântico nos anos 1990, Seal está no Brasil para uma série de shows que reúnem suas canções famosas e também faixas de seu mais recente álbum, Commitment, lançado no final de 2010.
Depois de São Paulo, o cantor britânico, filho de nigerianos e neto de brasileiro, se apresentou no último sábado, 19/03, para um Citibank Hall lotado no Rio de Janeiro, antes de seguir para Belo Horizonte (onde esteve no domingo, 20/03). As próximas cidades por onde passa são Brasília (23/03), São Paulo, onde retorna para show extra (24/03), e Recife (27/03).
Classe e suingue
Para um público bastante diversificado, que reunia fãs de meia-idade apaixonadas pelo cantor de 48 anos – em total forma -, senhores e senhoras insuspeitos e adolescentes que talvez não fossem nem nascidos na época em que estourou, Seal começou o show em clima quase intimista com If I’m Any Closer e Loaded.
Muito simpático, entre canções como Weight of My Mistakes e Violet, o cantor falou da alegria de voltar ao Brasil, onde afirmou ter uma das melhores plateias do mundo, e ficou praticamente todo show na passarela que avança do palco para a pista, segurando as mãos de seus fãs em boa parte das músicas.
Seal demonstrou afinação da sua voz potente e aveludada e todo sentimento de um cantor de soul. O soul, aliás, foi responsável pelo retorno do cantor às paradas em 2008, quando gravou um disco de standards do gênero. No show, a ótima interpretação de It’s a Man’s, Man’s, Man’s World, sucesso de James Brow, e sua versão cheia de suingue e classe de I Can’t Stand the Rain, famosa na voz de Tina Turner, foram pontos altos.
Sucessos da FM
Mais aguardadas da noite, as músicas que vêm fazendo sucesso nas rádios há duas décadas dominaram a maior parte do show e o astro soube tirar proveito disso. Em Kiss From A Rose, tema do filme Batman Forever, Seal conduziu a dança de dois pra lá, dois pra cá, que o refrão propõe. Outros destaques foram as interpretações de Prayer For The Dying, Love’s Divine e Get It Together, todas acompanhadas em coro pelo público.
O ápice da noite não poderia deixar de ser com Crazy, o maior sucesso do cantor, lançado em 1991. O público carioca foi ao delírio com versos como “but we’re never gonna survive, unless… We get a little crazy”, afinal, com tudo que aconteceu no mundo nesses últimos vinte anos, cada vez mais parece impossível sobreviver se não for sendo um pouco louco.
Na moda
- Seal / Foto: AgNews
No bis, a dificuldade de Seal em acertar os acordes inicias de Secret no violão garantiu um dos momentos mais divertidos da noite. A balada é um dos seus recentes sucessos, em parte pelo sexy clipe protagonizado pelo cantor e sua mulher, a top model de origem alemã Heidi Klum, uma das mais famosas Angels da grife Victoria’s Secret e apresentadora do programa Project Runway.
O cantor mostrou que também entende de moda; seu figurino ousado era uma espécie de túnica-vestido de malha cinza sobre calça jeans, inicialmente coberta com uma jaqueta amarela justa com detalhes “sujinhos”. O styling tinha ainda cinto de tachas brilhosas, correntes e muitos adornos de toque étnico, como pulseiras, anéis e um crucifixo. Toque final, as unhas estavam perfeitamente pintadas com esmalte marrom.
(Lucianno Maza)
Bons Costumes 